Não estava mentindo quando disse que com o que fiz não gastaria nem duas linhas escrevendo... mas e com o que senti? Várias.... mas prefiro uma única palavra: DECEPÇÃO. Além da técnica e da preparação perdida, o parceiro me frustrou. Pensa numa atriz perdida? Era eu, entrando como a traidora, nos 45 do segundo tempo já era a traída e nos acréscimos já era uma terceira personagem pra compor uma história que nem sabia qual era. Fazer por fazer pra mim, simplesmente não rola, me broxa. Como você sente algum prazer em interpretar, olhando nos olhos de alguém, cheios de lágrimas e encarar um vácuo, um vazio, um NADA. E eu sei o porquê dessa sensação: não existia intenção ali. Como eu ia me encontrar numa cena a dois, de dois que se amavam, se meu parceiro não sabia o que estava fazendo, onde estava e, principalmente, o que queria passar, pra mim e pra quem quer que visse?
Tenho pra mim, que nós temos um propósito de sensibilizar, em dois tempos, com segundas e terceiras intenções. Nosso encanto está em deixarmos as emoções tão à flor da pele, que sejam capaz de tocar além de nós mesmos. Emoções que acompanham palavras, e que são seguidas dessas intenções e de sentimentos, que devemos ser capazes de despertar além de em nós, como em quem possa estar nos assistindo.
Eu não menti nem me trai ao dizer aqui tudo que disse... ainda considero que tenha me confessado essa semana que passou ao vivo, não aqui... mas pra quem não estava presente, ao meu lado, mas aqui, que possa entender, e quem sabe sentir nas minhas palavras, o tamanho da raiva que senti e que carreguei comigo... até a página vinte....
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