quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Aqui me tens de regresso.... LOKALOKALOKA!!!!!


E ele voltou, voltou para ficar, porque aqui – caqui – é o seu lugar!.... Enfim, o Advogado do Diabo, poderoso chefão, nosso preparador virado no Nelson Rodrigues estava de volta pra fazer ver a vida como ela é.
Voltamos as atenções para o nosso primeiro diálogo – de maluco – que ganhamos – e mal ensaiamos – pra fazer, e, em dupla. A minha tinha se formado muito antes da decisão soberana de Pierre – não sei se lembram daquele teste com cara de desafio, que me fez pensar e encarar a carreira feito gente grande?... o do beijo técnico.... pois é, foi com ele.. – portanto não teria nenhum mistério  – certo?...Errado, aí é que vocês se enganam  – o desafio persistia – sina de nós dois contracenando?...eu hein  – no texto. Dessa vez era literalmente coisa de maluco, era um duelo de palavras que não se encaixavam, como falar sem querer dizer coisa nenhuma e o nexo disso era que um era completamente dependente do outro pra quem sabe fazer algum sentido – mesmo que no final, continuasse sem fazer nenhum.
Avançamos do estágio do tentar, para o fazer... texto mais na ponta da língua, aquela coisa... e avançamos mais na direção... da direção mesmo! – é, tivemos direção explícita, meu povo!
E com tudo que tínhamos direito: marcação de cena, “de texto” – se é que isso existe, se não, eu inventei – parênteses e ai, como eu estava morrendo de saudade deles! Ok... ok... vou parar de girar o blog, antes que queiram descer: marcação de cena é como se fosse coreografia de dança, só que é pra atores e a tal de texto – os parênteses – são quando as intenções do personagem estão escritas por entre as falas, por elas você sabe quando tem que falar baixinho ou gritar, quando deve amar ou odiar.... e por aí vai... agora vamos desligar a teclinha SAP e voltar ao que realmente interessa?... porque depois dizem por aí que não sei ser sucinta....
Fomos instruídos de toda a movimentação que deveríamos ter, incluindo as famosas deixas – palavras-chave que nos fariam sentar, levantar, sair andando... não necessariamente nessa mesma ordem. E depois de assistir uma vezinha só o Jeam fazendo, depois uma dupla seguindo as instruções dele, foi a nossa vez de nos separar do resto do mundo, num canto só nosso e passar a ensaiar com a faca e o queijo na mão – as deixas e a marcação.
No nosso canto ficamos, eu e meu colega de cena, meu colega de cena e eu ensaiaaaando... até o Jeam passar os olhos e por um cisco de segundo achar que a Alice não morreu – eu já sabia que ele ia achar assim.... afinal não posso querer mais afinar minha voz nessa vida sem ser Alice outra vez.... HUM – e cortar – achar que estava cortando – meu barato – porque não, senhoras e senhores, a Alice não estava em cena.... eu escutei um OHHHHHHHHHHHHH? – mas ele não foi embora de cara, ele ficou ali observando – ...urubuservando... – corrigindo e descorrigindo... pra no fim, nos escolher como um dos que se apresentariam no fim dos trabalhos pra todos verem – será que agradamos?... hummmmmmm....
Fato é que finalizados os ensaios, já sabíamos que íamos nos apresentar com outras duas duplas – se não me engano, porque a minha memória tá de Dolly hoje... vide Nemo – e nos apresentamos nesse nosso duelo enlouquecedor de palavras e gênios opostos, ele como um homem comum e eu completamente louca. Confesso que não foi difícil pra mim encontrar minha louca interior – já vivo muuuuuuito próxima disso... da Monga entãooo.. vixi.... enfim – ser louca não foi sacrifício nenhum, foi um prazer imenso.... e que não ia acabar ali, ia render pro próximo encontro... permanecendo e se prolongando... GRAVAAAAAAANDO!

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Making of do Making of

Making of do Making of
Eu queria falar, dizer tudo que sentia, vivia, guardar de algum jeito cada pequeno detalhe, que me transformava em uma mulher, uma Atriz. Assim, eu criei esse espaço... tão meu.... seu.... nosso.... Aqui, eu tenho a minha coxia em forma de livro... um livro aberto de minha autoria — Renata Cavalcante, 28 anos, carioca da gema, prazer.... — narrando os bastidores da minha memória viva desde a preparação de Jeam Pierre até me tornar atriz da Cia. Grito de Teatro de Santa Catarina, numa evolução que vai do querer ser profissional a ser oficialmente reconhecida como tal — o antes e o depois do DRT, aqui pra você!

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