E ele voltou, voltou para ficar, porque aqui – caqui – é o seu lugar!.... Enfim, o Advogado do Diabo, poderoso chefão, nosso preparador virado no Nelson Rodrigues estava de volta pra fazer ver a vida como ela é.
Voltamos as atenções para o nosso primeiro diálogo – de maluco – que ganhamos – e mal ensaiamos – pra fazer, e, em dupla. A minha tinha se formado muito antes da decisão soberana de Pierre – não sei se lembram daquele teste com cara de desafio, que me fez pensar e encarar a carreira feito gente grande?... o do beijo técnico.... pois é, foi com ele.. – portanto não teria nenhum mistério – certo?...Errado, aí é que vocês se enganam – o desafio persistia – sina de nós dois contracenando?...eu hein – no texto. Dessa vez era literalmente coisa de maluco, era um duelo de palavras que não se encaixavam, como falar sem querer dizer coisa nenhuma e o nexo disso era que um era completamente dependente do outro pra quem sabe fazer algum sentido – mesmo que no final, continuasse sem fazer nenhum.
Avançamos do estágio do tentar, para o fazer... texto mais na ponta da língua, aquela coisa... e avançamos mais na direção... da direção mesmo! – é, tivemos direção explícita, meu povo!
E com tudo que tínhamos direito: marcação de cena, “de texto” – se é que isso existe, se não, eu inventei – parênteses e ai, como eu estava morrendo de saudade deles! Ok... ok... vou parar de girar o blog, antes que queiram descer: marcação de cena é como se fosse coreografia de dança, só que é pra atores e a tal de texto – os parênteses – são quando as intenções do personagem estão escritas por entre as falas, por elas você sabe quando tem que falar baixinho ou gritar, quando deve amar ou odiar.... e por aí vai... agora vamos desligar a teclinha SAP e voltar ao que realmente interessa?... porque depois dizem por aí que não sei ser sucinta....
Fomos instruídos de toda a movimentação que deveríamos ter, incluindo as famosas deixas – palavras-chave que nos fariam sentar, levantar, sair andando... não necessariamente nessa mesma ordem. E depois de assistir uma vezinha só o Jeam fazendo, depois uma dupla seguindo as instruções dele, foi a nossa vez de nos separar do resto do mundo, num canto só nosso e passar a ensaiar com a faca e o queijo na mão – as deixas e a marcação.
No nosso canto ficamos, eu e meu colega de cena, meu colega de cena e eu ensaiaaaando... até o Jeam passar os olhos e por um cisco de segundo achar que a Alice não morreu – eu já sabia que ele ia achar assim.... afinal não posso querer mais afinar minha voz nessa vida sem ser Alice outra vez.... HUM – e cortar – achar que estava cortando – meu barato – porque não, senhoras e senhores, a Alice não estava em cena.... eu escutei um OHHHHHHHHHHHHH? – mas ele não foi embora de cara, ele ficou ali observando – ...urubuservando... – corrigindo e descorrigindo... pra no fim, nos escolher como um dos que se apresentariam no fim dos trabalhos pra todos verem – será que agradamos?... hummmmmmm....
Fato é que finalizados os ensaios, já sabíamos que íamos nos apresentar com outras duas duplas – se não me engano, porque a minha memória tá de Dolly hoje... vide Nemo – e nos apresentamos nesse nosso duelo enlouquecedor de palavras e gênios opostos, ele como um homem comum e eu completamente louca. Confesso que não foi difícil pra mim encontrar minha louca interior – já vivo muuuuuuito próxima disso... da Monga entãooo.. vixi.... enfim – ser louca não foi sacrifício nenhum, foi um prazer imenso.... e que não ia acabar ali, ia render pro próximo encontro... permanecendo e se prolongando... GRAVAAAAAAANDO!
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