terça-feira, 31 de maio de 2011

A última quinta...



Aguardem as cenas dos próximos capítulos... as linhas da próxima confissão... MUAHAHAHAHA
            
domingo, 29 de maio de 2011

E esse era o tal Envolvimento.... de que eu falava antes....




Nesses poucos minutos de vídeo, encontramos o envolvimento que procuramos sempre atingir ou pelo menos se aproximar nas entrelinhas das entrelinhas de uma cena, e o olhar que o Jeam tanto pede, com olhos de Capitu... 
sexta-feira, 27 de maio de 2011

A primeira confissão.. a gente nunca esquece...



E meu marco de iniciação começa no momento em que pisei, abri a porta de vidro e encarei meu coach nos olhos, embaraçada por mais um atraso, e ainda mais por ser diante de um convidado, até o COOOORTAAAAAAAA que me deixou a menos de um milímetro dos lábios de Jamil Vigano.
Era uma oportunidade exclusiva de cena, não de beijo. Tanto pra mim, quanto pra ele seria nosso primeiro beijo técnico em jogo… em cena, pra ser mais exata, porque técnica ali era difícil ter e queriam ver o circo pegar fogo mesmo!
Meu parceiro de cena foi escolhido a dedo com segundas, terceiras e quartas intenções… e eu levanto as mãos pro céu por isso. Tinha que ser ele, e tinha que ser eu ali. Já estava demorando pra ser jogada às labaredas, passei do ponto e não dava mais pra me safar dos meus atrasos, mesmo que justificados. Eles me condenavam…. Enfim, fui colocada frente a frente com meu parceiro de cena ao centro… das atenções… ainda com a bolsa a tiracolo e vestindo minha jaqueta, mal tive tempo de me arrumar e estava ali encarando-o olhos nos olhos, aguardando instruções do que seria a tão esperada e adiantada de antemão não existente: Aula de beijo técnico. Instruções mesmo não existiram, fomos deixados no escuro, onde a luz no final do túnel seria um beijo e o tiro pra correr atrás dela era o AÇÃO!
Começamos, Jamil pega na minha mão e começa a tentar ler meus pensamentos e eu a questioná-lo só pra contrariar e claro, fazer um charme, dificultando, afinal esse é o papel da mulher na sedução, somos nós que damos aquele ar de suspense, mistério e conquista de verdade. Ai está a graça… mas quem disse que o Jeam, nosso coach, achou alguma? Nos cortou, dizendo que estávamos muito enrolados. Colegas gritavam passionais para nos agarrarmos (Ana, pra ser mais exata) mais cheios de segundas, terceiras e quartas intenções que nosso coach, que perto deles parecia mais santo.
Mas ele era o advogado do Diabo em forma de gente. Atiçava, instigava, provocando e estimulando, então ele acenou com uma segunda chance para uma cena e quando escutei AÇÃOOO levantei meu olhar do ângulo baixo onde estava com a intenção de encontrar o olhar do meu parceiro e disse entrecortando palavras e olhares, que se cruzaram na minha mão, que não demorou muito a traduzi-las em gestos, e se enfiou pelo pescoço, pegando meu parceiro pela nuca e trazendo ele pra mim e estávamos quase encostando nossos lábios, quando fomos cortados literalmente por essa força tamanha: CORRRRRRRRRTAAAAAAAAAAAA!
E assim acabamos a cena. Uma das melhores que eu já fiz.
E porque ela foi uma das melhores, senão a melhor que eu já fiz? Porque eu senti o suspense no ar, e ele pesando, as respirações se entrecortando e sumindo de repente. Alguns vieram comentar comigo depois como reagiram à cena, descrevendo em detalhes, um em especial, me dizendo o quanto seus olhos arregalaram e seu corpo se inclinou pra nos acompanhar, me dando a dimensão e a alma do que tínhamos acabado de fazer, da nossa cena: envolvimento. Conseguimos envolver quem estava à nossa volta e envolvemos do inesperado, eu quis envolver meu parceiro subitamente, e então, o envolvi e junto com ele todos à nossa volta. Um beijo, ali, quem sabe estragaria… porque o encanto estava no quase, no suspense…. que aquele COOOOOOOORTAAAAAAAAAAAA quebrou!

Making of do Making of

Making of do Making of
Eu queria falar, dizer tudo que sentia, vivia, guardar de algum jeito cada pequeno detalhe, que me transformava em uma mulher, uma Atriz. Assim, eu criei esse espaço... tão meu.... seu.... nosso.... Aqui, eu tenho a minha coxia em forma de livro... um livro aberto de minha autoria — Renata Cavalcante, 28 anos, carioca da gema, prazer.... — narrando os bastidores da minha memória viva desde a preparação de Jeam Pierre até me tornar atriz da Cia. Grito de Teatro de Santa Catarina, numa evolução que vai do querer ser profissional a ser oficialmente reconhecida como tal — o antes e o depois do DRT, aqui pra você!

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