sexta-feira, 11 de maio de 2012

Meus melhores momentos de todos os tempos com Jeam Pierre Kuhl...



E é com o eco das minhas próprias palavras que eu vou começar a recapitular.... – hoje vai ser um pouquinho diferente de sempre.... – fazer uma retrospectiva aqui e agora. E eu sei bem que do ponto em que paramos, acabaram-se os encontros e ensinamentos com o Jeam, portanto, o mais natural seria passar para a transição dos módulos da TV e do Cinema para o do Teatro, não seria? – seria.... mas aqui não.....
Aqui, o tempo me pertence e eu vou usar e abusar dele pra voltar atrás – pela milionérrima vez.... eu seeeeei... a licença poética e os miniflashesback me permitem – reler tudo que passei nas mãos do Jeam Pierre  – de mais importante.... marcante – e, principalmente, a forma como ele me inspirou a transformar isso tudo nisso, nesse espaço que temos aqui, voltar a escrever – afinal foi ele que me trouxe aqui... caso, você não saiba.... ele sabe.... – e enfim: traduzir em palavras, momentos....
De cara, as partes em aspas lá de cima – que eu fiz questão dar o primeiro destaque da noite – são da época da primeira gravação – pra sentirem o drama... digo, o processo.... – era um momento particular do começo de tudo, onde eu vivia os baixos e altos – necessariamente nessa ordem – do meu primeiro gravaaaando pra valer com Jeam Pierre.... falta de preparo à parte, insegurança, medo e todos os temores, no meio desse caos, eu me refugiei aqui, me encontrando em algumas palavras que acabam me escapando.... de improviso... instinto...todas as razões que me trouxeram aqui e à vida de Jeam Pierre.. uma a uma, elas se revelaram e eu não poderia querer um início de narrativa melhor.... 
nunca segui um roteiro de verdade... 
mas dessa vez, nessa noite eu vou arriscar....

Das aspas, tudo que as provocou existir e tudo que veio pela frente, foi um grande empurrão: a realidade nua e crua – que eu nunca experimentei – da profissão.... a dureza, a crítica.... o retorno... e raros momentos que valem por uma vida inteira.
Momentos esses que eu separei pra nós, dessa vez se repetirem – porque o que é realmente bom a gente repete e ainda pede mais – os melhores de todos os tempos em TV e Cinema com Jeam Pierre Kuhl.... tchurumtchurum.....
Confissões minhas – juro.... vai que tem algum leitor novo perdido? – escolhidas a dedo, mostrando como construí minha carreira de abominável... indo desde a minha primeira segunda chance de um segundo take, que me leva à tão ansiada primeira lágrima em cena, passando pela Alice, minha primeira construção de personagem digna de gente grande – meu maior orgulho – indo pela louca que me fez enlouquecer junto com ela – praticamente me sacrificando para não deixar de entrar em cena – e termina finalmente na Tonia, minha primeira vilã com retorno imediato do Advogado do Diabo e comparsas – brincadeirinhaaaaaaaaa.....
Enfim, passada a sinopse, aí vão as marcações, devidamente narradas:
Em primeeeeeeeiro lugaaaaaaar, pesando lágrimas cênicas, ela: Me confessando, enfim, feliz....
Em seguuuuuuundo lugarrrrrr, pesando uma personalidaaade e tanto, embarquem de novo no encanto de: Às mil maravilhas de Alice + Alice in HD-land
Em quuaaaaarto lugar, vocês me tem SARCÁÁÁSSSSTICA e cruel em: Thuruleft...thuruleft..... + ...E eu... me lixei, sem me lixar.

A releitura é mágica, isso eu garanto – e não devolvo seu dinheiro de volta – porque nela você enxerga o quanto eu cresci.... que nem só de amargura é feita a construção – concepção – de um artista: se trabalha duro sim, mas uma hora – senão mais de uma, como eu acabei de recomendar a leitura – chega num olhar, num gesto, numa palavra: a recompensa.... que pode não ser de ninguém, mas sim de si... sem ser um Oscar... um Melhores do Ano.... um Quiquito.... – não que eu dispense nenhum deles....
Mas que quando parte de dentro pra fora, é mais especial... porque quando você faz algo que te toca e que ainda consegue tocar alguém, você vai além.... e ir além, foi tudo que eu sempre quis e desejei desde o começo de tudo.... – lá em cima ainda estão as aspas pra provar....
Sendo franca? Eu cheguei pra fazer o teste com o Jeam completamente ignorante no que diz respeito.... a tudo: nunca tinha estado diante de uma camera – gravado – antes e dali em diante, não parei mais de estreiar na vida – na arte... enfim.... confunde – era no drama, na preparação, no fracasso, no sucesso.... principalmente na humanidade... com requintes de desumanidade....
Meses com o Jeam me fizeram definitivamente mais humana – e desumana – mais intensa do que minha personalidade já me permitia, mais auto-crítica – num duelo constante entre a razão e a emoção de ser e estar, perfeccionista ao extremo – e resistente... e realista...
A carreira não permite fraqueza, exige de nós, ser fortaleza. Devemos nos armar de emoções e defesas para sobrevivermos, não temos o direito de fraquejar, a não ser que seja em cena. Jogo de cintura e postura são essenciais, discernimento e timing, então, nem se fala. A maldade existe e vai se fazer presente, não se iluda: não é só de magia que esse mundo é feito, mas de gente grande, que é grande o suficiente pra te engolir, se não estiver preparado além do que qualquer mortal.

... Aqui entre nós: eu envelheci uns dez anos nas mãos do Jeam – e o agradeço por isso – e estou mais consciente, e principalmente ciente do que é preciso – e do que eu preciso – para chegar aonde quero.... – e aonde quero vai longe do que olhos podem alcançar e dinheiro pode conquistar...
Me permitir à oportunidade e à sorte de viver mais de uma vez nessa vida e aproveitar que vivi o bastante, pra saber viver de uma vez, como Renata...
Várias vidas numa só... além de mim.... sabendo fazer o retorno, o caminho de volta sem me perder.... e esse é o maior aprendizado aliado ao meu sonho, que eu posso carregar pra nunca me esquecer daquele que será para sempre inesquecível – GPS que me guiou nos primeiros passos – Jeam Pierre Kuhl.

No fim, é isso.... tudo isso que tinha pra hoje: reconhecer e dar os devidos créditos à quem os são devidos... e partir, enfim, pra abertura das cortinas.... pra Luz....


Making of do Making of

Making of do Making of
Eu queria falar, dizer tudo que sentia, vivia, guardar de algum jeito cada pequeno detalhe, que me transformava em uma mulher, uma Atriz. Assim, eu criei esse espaço... tão meu.... seu.... nosso.... Aqui, eu tenho a minha coxia em forma de livro... um livro aberto de minha autoria — Renata Cavalcante, 28 anos, carioca da gema, prazer.... — narrando os bastidores da minha memória viva desde a preparação de Jeam Pierre até me tornar atriz da Cia. Grito de Teatro de Santa Catarina, numa evolução que vai do querer ser profissional a ser oficialmente reconhecida como tal — o antes e o depois do DRT, aqui pra você!

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