sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Me dá, me dá, me dá.... me dá flic flac, flic flac, dá?


Depois de ter ensaiado um ensaio com meu mais novo – e nem tão novo assim... e não pela idade, mas por conhecimento de causa HAN – colega de cena, travando guerra em cavalo de batalha: tentando ler, ler e contracenar, ler e contracenar e gravar falas; ler e contracenar e gravar falas, concentrando nas instruções.... até que... enfim.... – ufa – finalmente demos uma pausa de Jeam Pierre – porque o Diabo quis assim... mentiiira, foi o diretor dele – e chamamos um break...

Que tinha gosto de danoninho… 
tinha... 
gostinho de infância....
tinha... 
cheirinho de nostalgia.... 
só por uma noite... 
só por uma noite... 
um miniflashback dentro do outro, please?

...Eu voltei no tempo – dentro do tempo que já estou voltando, já que... estou falando de um ano já virado, passado enquanto falamos... o presente virou passado e trazer ele a tona me fez ir pro passado de novo.... deu pra entender? – e me senti menina de novo, descobrindo a magia – vamos ignorar o episódio da Branca de Neve, ok? Mesmo sendo essa a grande prova de que eu já era desde pequena uma atriz nata... ou no mínimo que eu não era do mundo real desde Renatinha... créditos ao Dudu, filho da Naiara Vianna, pela inspiração... mas enfim, voltando... – e desejando ser parte dela, ser atriz, feliz pra sempre!
Foi numa noite como essa – transformada em dia – que eu comecei a sonhar no que eu queria ser quando crescer... o verdadeiro começo de tudo isso aqui que agora eu vivo, e, narro que vivi. E isso tudo, me veio à tona de um encontro diferente, um encontro de teatro.
É.... porque toda santa vez que eu me aproximo do teatro, eu rejuvenesço, volto a ser menina.
Eu tinha dez anos quando – oficialmente – comecei a fazer teatro – de verdade – no colégio e depois da minha primeira peça à serio – além Branca de Neve – e a minha primeira grande decisão na vida: ser atriz e ponto. Dali em diante, a decisão em forma de encanto e corpo de sonho, estava feita.
E o teatro é encanto, é como um conto de fadas sem fim e mesmo assim, com final feliz. E eu já estava há muito tempo  – longos anos e uma distância forçada – sem me sentir nele – encantada.
E foi nesse agora com cara de ontem e espírito de anteontem, que se fez de novo toda a magia pra mim e eu tive meu pequeno dejavu com cara de comercial de danoninho... – disfarçado de encontro com o professor Cleber e seus companheiros: o flic e o flac – e viajei-eeeeei nesse meu túnel do tempo... só meu.... – eu acho...
E foi bom... bom voltar no tempo, inclusive de vida abominável, voltando a perder o eixo, o equilíbrio e me fazer de boba – pra variar – brincar de transformar cenas – um tanto complexo de diretora incubado aí, daí... – e de me desorientar toda quando me apresentaram o flic, depois o flac, depois os dois juntos... e aí os dois juntos e misturados – literalmente.
Aliás, juntos e misturados, era a sensação de tudo, de toda a brincadeira – porque aula...
Pela primeira vez, deu pra sentir o tamanho de nós, a força do número de quantos somos, do que realmente significava todos nós juntos. E o impacto foi grande – e o barulho... – somos grandes, um grande conjunto... conjunto... tá aí, um pequeno, porém grande detalhe: somos um conjunto e dependendo dele, vem – ou não – a obra.... E é aí que mora o perigo, meu medo – o maior medo de todos. Dela ser grande, por ser só números... – confesso que partindo de toda uma insegurança de sermos tantos e de me sentir incerta se somos capazes ou não de nos fazer fortes e coesos o suficiente, para sermos e estarmos seguros mesmo assim... uma equipe.... incertezas.... – eram mato....
Hummmmm... sabe o que ficou faltando...?... – suspense now –
BEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEM...
E acabou-se o que era doce.... já era, já foi...
Enfim, tanto faz, como tanto fez.... hora de dar tchau e voltar pro mundo real: acabou o recreio.... o intervalinho feliz... a boa vida! – e a paranóia....
Era tudo só uma pausa, – não era? – uma pequena pausa – minúscula – diante de tudo que ainda estaria – e está – por vir... grandes promessas... e que eu garanto: garantem a sua – e até a minha – audiência!

Making of do Making of

Making of do Making of
Eu queria falar, dizer tudo que sentia, vivia, guardar de algum jeito cada pequeno detalhe, que me transformava em uma mulher, uma Atriz. Assim, eu criei esse espaço... tão meu.... seu.... nosso.... Aqui, eu tenho a minha coxia em forma de livro... um livro aberto de minha autoria — Renata Cavalcante, 28 anos, carioca da gema, prazer.... — narrando os bastidores da minha memória viva desde a preparação de Jeam Pierre até me tornar atriz da Cia. Grito de Teatro de Santa Catarina, numa evolução que vai do querer ser profissional a ser oficialmente reconhecida como tal — o antes e o depois do DRT, aqui pra você!

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