domingo, 10 de novembro de 2013

Basta 3 semanas... 3 sinais...


É, não deu pra me manter aqui toda santa semana como – eu juro – que pretendia, afinal eu tenho o digníssimo – agora – imortal Marroco como diretor, sendo assim, 40 e tantas páginas eram o meu dever de casa semanal – porque sim, atores tem deveres a cumprir, conteúdos a estudar, sendo suas ferramentas de trabalho seu maior objeto de estudo: a voz, o corpo... enfim – assim sendo, ficou humanamente impossível me manter aqui ao mesmo tempo.
Mas se não me falha a memória, eu avisei que não seria fiel à pontualidade, mas sim à lealdade que devo manter, portanto.... fim da DR. Vamos pro que realmente interessa:



Nesse meio tempo em que sumi, rolou de tudo: muito disso aí no vídeo – uma das minhas primeiras referências e inspiração de ser Joana. Tapa, pescotapa, empurrão, socos e supapos e toda a sorte de impropérios, o maior desafio de todos – e nem é só de cantoria que estou falando.
De cara, já vou confessar que não cumpri o que prometi, me rasguei toda de novo – ainda estou pegando o jeito, mas evoluí legal já nesse sentido, não que me garanta ser A expert, até porque a matéria-prima do meu trabalho como atriz é a emoção, por isso, tudo se torna um tanto vulnerável – e definitivamente se teve um estado em que eu permaneci nessas semanas foi na vulnerabilidade: minha estrutura ameaçou ruir, quis desabar, tremeu. – método próprio desenvolvido por Carlos Marroco que chama...
Teve dia de ficar de canto, à espera – não de um milagre  em standby mesmo e teve dia de partir pra cima feito uma besta danada – piada interna há – e terminar frágil feito a própria gota d’água. Tive também meus momentos de glória – além dos de luta no meio de toda a história  começando por conseguir estourar o balão com a boca e não foi só um: foram DOIS! – menos um trauma na lista da mamãe aqui o/ – e continuando por cada uma das sensações que descrevi antes, o que resumido de uma forma simples e altamente compreensível fica: fui da imobilidade ao ataque, da vida à morte – em todos os sentidos – e do sangue que ferve à pressão em negativo. – aprendi, Marroco?
Deixei a Joana vir à tona pra que todos vissem, se revelar de dentro pra fora no meio desse turbilhão de Chico Buarque, Paulo Pontes e senhor Carlos Marroco, ah! senti o Jasão e ele me fez sentir mais Joana – muuuuuuuito obrigada, seu Felipe Küchler Biro Birooo –  em dias de paixão, de agonia, de tortura, de fúria e ressaca, de vida na sua mais absoluta INTENSIDADE e essência que eu respirei, senti em cada um dos meus poros!
Passaram-se meses, pares de meses e eu estou aqui sem acreditar que se passou tanto em tão pouco, a riqueza da sequência dos detalhes eu perdi, mas das sensações que eu vivi e de que essa é a MAIOR experiência que eu já vivi – literalmente eu VIVI – NUNCA nem que eu quisesse poderia esquecer, apagar de mim. Ganhei novos olhos, ombros pesados, uma nova metade, um sonho de presente, um compromisso de marcar a minha carreira... a minha história....
Sei que pode parecer meio confuso, mas é tudo – e nada que posso revelar no momento, nas entrelinhas se traduz no vídeo ali de baixo:



Mais uma de minhas grandes inspirações que de novo se encaixa perfeitamente na trama e em toda a proposta marroquinizante – traduzindo marroquina de Marroco + eletrizante – com a qual eu e meus colegas de cena devemos nos apresentar, é nesse nível bem nesse patamar e falta muito pouco... tão pouco pros 3 sinais...



Se você quiser conferir de perto, basta dar o ar da graça em plena sexta-feira – dia 29 de novembro – no Teatro da Ubro em Florianópolis na sessão das 20h. Ingressos R$15 e R$30. Maiores informações aqui.

Mas eu volto antes.... durante... depois...


Making of do Making of

Making of do Making of
Eu queria falar, dizer tudo que sentia, vivia, guardar de algum jeito cada pequeno detalhe, que me transformava em uma mulher, uma Atriz. Assim, eu criei esse espaço... tão meu.... seu.... nosso.... Aqui, eu tenho a minha coxia em forma de livro... um livro aberto de minha autoria — Renata Cavalcante, 28 anos, carioca da gema, prazer.... — narrando os bastidores da minha memória viva desde a preparação de Jeam Pierre até me tornar atriz da Cia. Grito de Teatro de Santa Catarina, numa evolução que vai do querer ser profissional a ser oficialmente reconhecida como tal — o antes e o depois do DRT, aqui pra você!

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