segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Vale a pena cair DE NOVO!



E num é que o ano começou e começou pra valer como NUNCA? Pela primeira vez encerrei o ano, com expectativa de PALCO – sabendo que em fevereiro voltaria com a Joana ao palco da Ubro – e já está aí batendo na porta...

TOC TOC - Saiba mais em www.facebook.com/events/199197863611907 
BASTA UM DIA – literalmente – e na véspera do cabelo armar e ganhar vida própria, de eu deixar de ser dona de mim e das luzes e os três sinais comandarem minha existência – inclusive quando respiro ou não – me deu essa vontade irresistível de vir aqui e escrever!
Porque a experiência pede, é inédito na minha carreira – ok, agora já dá pra chamar assim... só não me questionem se me sinto profissional, porque aí, já são outros quinhentos – retornar a apresentar um espetáculo que já apresentei e apresentar além de um dia – eu até já apresentei 3 sessões num mesmo dia na época da “Partilha”, mas como eu mesma disse foram no MESMO DIA.... e mesmo eu tendo ir apresentar mais uma vez, fora das dependências do Colégio, no Teatro de fato, ainda sim, definitivamente não é a mesma coisa.... –, um dia seguido do outro não.... e retornar aos ensaios? Outro processo à parte...
Parece que é fácil retomar aquilo que você já conhece, reviver o que já viveu? – sendo que isso não se leva tão ao pé da letra, já que sempre se acha o que ajustar, surpresas pra providenciar, principalmente prevendo aquela parcela do público que conquistamos ao ponto de querer bis! 
Não, não é! O buraco passa a ser bem mais embaixo e fundo do que se pensa! As imperfeições ficam evidentes – principalmente depois que você confere aquele cineminha de feedback com todo o elenco e todos reagem junto e além de você, dando a dimensão real de cada uma das cagadas, acertos e improvisos – e as direções mudam, nuances, pequenos detalhes, fora a dança de cadeiras no elenco mesmo, sempre tem quem se vá, quem chegue, como se fosse um trem trocando de interior por parar em uma determinada estação....
Enfim, a ordem é se adaptar aos efeitos colaterais dos que se foram, do que foi feito e revisado, pra que se reinvente e se faça algo novo diante de todas as expectativas já criadas por quem foi e pretende retornar e de quem ouviu falar e já vai com aquela imagem... repetindo: não, NÃO é fácil! Ainda mais quando se tem uma obra tão densa e tão intensa como essa, e alguém como eu tenho pra dar vida, mas não é que se consegue achar forças pra ler e reler, alterar o tom, a intenção, receber novos desafios e com eles novos estímulos e impulso pra recriar e fazer disso um novo espetáculo por um novo ângulo...
E muito – se não tudo – dessa construção vem do sopro de vida que vem com as novas personas que passaram a nos acompanhar – os que vieram e garantiram assento na dança das cadeiras – porque à cada pessoa nova, vem uma carga, uma bagagem, um ângulo de interpretação completamente diferente! Cada um dá a vida de fato, sua essência e isso renova e restaura as nossas habilidades – as minhas pelo menos, que viro de novo uma expectadora, ansiosa pra conferir as novidades...
É tão ou mais suado que o trabalho inicial de uma estreia, a bendita da reestreia vem com peso extra  de no mínimo não decepcionar diante do que já foi e de evoluir....
Ah, evoluir.... 
Da minha parte garanto que haverá sutis mudanças, fiquem atentos!
Bem, enfim, vou-me lá desabar de novo e já já eu volto....

A quem for conferir com seus próprios olhos, não se apresse em deixar o teatro, que eu prometo não me demorar pra ir ao seu encontro... e quem for me acompanhar por aqui mesmo, me aguarde, que quando tudo acabar, é pra cá que eu vou voltar... é pra cá que eu SEMPRE volto! 

Making of do Making of

Making of do Making of
Eu queria falar, dizer tudo que sentia, vivia, guardar de algum jeito cada pequeno detalhe, que me transformava em uma mulher, uma Atriz. Assim, eu criei esse espaço... tão meu.... seu.... nosso.... Aqui, eu tenho a minha coxia em forma de livro... um livro aberto de minha autoria — Renata Cavalcante, 28 anos, carioca da gema, prazer.... — narrando os bastidores da minha memória viva desde a preparação de Jeam Pierre até me tornar atriz da Cia. Grito de Teatro de Santa Catarina, numa evolução que vai do querer ser profissional a ser oficialmente reconhecida como tal — o antes e o depois do DRT, aqui pra você!

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