E num é que o ano começou e começou pra valer como NUNCA? Pela
primeira vez encerrei o ano, com expectativa de PALCO – sabendo que em fevereiro voltaria com a Joana ao
palco da Ubro – e já está aí batendo na porta...
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BASTA UM DIA – literalmente – e na véspera do cabelo armar e
ganhar vida própria, de eu deixar de ser dona de mim e das luzes e os três
sinais comandarem minha existência – inclusive quando respiro ou não – me deu
essa vontade irresistível de vir aqui e escrever!
Porque a experiência pede, é inédito na minha carreira – ok,
agora já dá pra chamar assim... só não me questionem se me sinto profissional,
porque aí, já são outros quinhentos – retornar a apresentar um espetáculo que
já apresentei e apresentar além de um dia – eu até já apresentei 3 sessões num
mesmo dia na época da “Partilha”, mas como eu mesma disse foram no MESMO
DIA.... e mesmo eu tendo ir apresentar mais uma vez, fora das dependências do
Colégio, no Teatro de fato, ainda sim, definitivamente não é a mesma coisa.... –,
um dia seguido do outro não.... e retornar aos ensaios? Outro processo à
parte...
Parece que é fácil retomar aquilo que você já conhece,
reviver o que já viveu? – sendo que isso não se leva tão ao pé da letra, já que
sempre se acha o que ajustar, surpresas pra providenciar, principalmente
prevendo aquela parcela do público que conquistamos ao ponto de querer bis!
Não,
não é! O buraco passa a ser bem mais embaixo e fundo do que se pensa! As
imperfeições ficam evidentes – principalmente depois que você confere aquele
cineminha de feedback com todo o elenco e todos reagem junto e além de você,
dando a dimensão real de cada uma das cagadas, acertos e improvisos – e as
direções mudam, nuances, pequenos detalhes, fora a dança de cadeiras no elenco
mesmo, sempre tem quem se vá, quem chegue, como se fosse um trem trocando de
interior por parar em uma determinada estação....
Enfim, a ordem é se adaptar aos efeitos colaterais dos que
se foram, do que foi feito e revisado, pra que se reinvente e se faça algo novo
diante de todas as expectativas já criadas por quem foi e pretende retornar e
de quem ouviu falar e já vai com aquela imagem... repetindo: não, NÃO é fácil!
Ainda mais quando se tem uma obra tão densa e tão intensa como essa, e alguém
como eu tenho pra dar vida, mas não é que se consegue achar forças pra ler e
reler, alterar o tom, a intenção, receber novos desafios e com eles novos
estímulos e impulso pra recriar e fazer disso um novo espetáculo por um novo ângulo...
E muito – se não tudo – dessa construção vem do sopro de vida
que vem com as novas personas que passaram a nos acompanhar – os que vieram e garantiram
assento na dança das cadeiras – porque à cada pessoa nova, vem uma carga, uma
bagagem, um ângulo de interpretação completamente diferente! Cada um dá a vida
de fato, sua essência e isso renova e restaura as nossas habilidades – as minhas
pelo menos, que viro de novo uma expectadora, ansiosa pra conferir as
novidades...
É tão ou mais suado que o trabalho inicial de uma estreia, a
bendita da reestreia vem com peso extra de
no mínimo não decepcionar diante do que já foi e de evoluir....
Ah, evoluir....
Da minha parte garanto que haverá sutis
mudanças, fiquem atentos!
Bem, enfim, vou-me lá desabar de novo e já já eu volto....
A quem for conferir com seus próprios olhos, não se apresse
em deixar o teatro, que eu prometo não me demorar pra ir ao seu encontro... e
quem for me acompanhar por aqui mesmo, me aguarde, que quando tudo acabar, é
pra cá que eu vou voltar... é pra cá que eu SEMPRE volto!